Amigo leitor,
A sétima arte continua sendo uma grande pedida. Apesar de ser um velho senhor, o cinema ainda atrai, seduz e encanta platéias. Pode apostar que em pleno verão algumas pessoas ficam trancafiadas dentro de casa comendo pipoca e assistindo a uma pilhas de filmes em dvds, e por acaso isso é ruim? Muito pelo contrário, viver e gostar de cinema é alimento para a mente, mesmo que você continue branquelo por não ir à praia. Sendo assim, boa sessão, com uma boa pipoca, é claro!
Ahhh, ia me esqucendo, assim como é bom indicar filmes, é bom receber indicações, quem tiver alguma é só enviar
abraços.

Pequena Miss Sunshine
Nem de longe, e muito menos de perto uma família parece normal. Essa é a primeira certeza que temos ao ver as cenas iniciais de Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine/EUA/2006). Um pai fracassado empenhado em vender seu programa de “9 passos para o sucesso”, um tio suicida, um avô viciado em heroína, um irmão que fez um voto de silêncio inspirado em Nitchze e uma mãe que tenta estruturar esse ambiente são os componentes da família da pequena Olive Hoover, uma garota de 7 anos de idade que tem como grande meta ganhar o concurso Little Miss Sunshine na Califórnia. Em busca desse sonho a família se une e é a partir da viagem q ocorrem as situações mais impagáveis da história do cinema, levando o espectador do riso ao choro (e vice-versa) em questão de segundos. Vale conferir. Como um bom baiano diria: é um filme MASSA!
O Elenco cria uma harmonia interessante em que ninguém se sobressai embora todos estejam muito bem:
Greg Kinnear ("O Enviado"), Toni Collette ("Em Seu Lugar"), Steve Carell ("O Virgem de 40 Anos"), Alan Arkin ("Anjo de Vidro"), Abigail Breslin ("Sinais"), Paul Dano ("Show de Vizinha").
A Direção é de Valerie Faris e Jonathan Dayton, conhecidos pelos videoclipes do Red Hot Chilli Peppers como “Californication”, “Otherside” “Scar Tissue”, entre outros.
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Filme - Comédia/Musical e Melhor Atriz - Comédia/Musical (Toni Collette).
- Recebeu 5 indicações ao Independent Spirit Awards, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Alan Arkin e Paul Dano) e Melhor Roteiro de Estréia.

Bonecas Russas
A continuação do filme “Albergue Espanhol ” é tão boa quanto o primeiro filme. Se no “Albergue” Xavier (Romain Duris), estava buscando uma identidade pessoal e profissional quando vai morar num albergue em Barcelona e acaba trocando a Economia pela Escrita, em “ Bonecas Russas”(Les Poupés Russes/França – Inglaterra/2005) 5 anos depois descobre-se descontente com o rumo da sua vida ao chegar aos 30 anos. Revê paixões, amigos, sonhos e desejos e se vê confrontado com o desastre da sua vida amorosa quando é incumbido de escrever um roteiro romântico. Um filme que foge do convencional nas imagens, na “universalidade” do elenco (dinamarqueses, franceses, alemães, russos, italianos, ingleses), numa narrativa não linear e um roteiro bem editado(entrecortado pelo presente e passado das personagens).Um filme que fala de cotidiano,da passagem da adolescência à vida adulta, dos altos e baixos da vida. Um verdadeiro passeio pelos sentimentos, uma história de amor “maquiada”. Tão bom que já merece uma continuação.
Dierção de Cédric Klapisch
- Recebeu 3 indicações ao César, nas categorias de Melhor triz Coadjuvante (Cécile De France e Kelly Reilly) e Melhor Edição.
E Sua Mãe Também
Com pitadas de drama e comédia muito bem desenvolvido pelo diretor Alfonso Cuarón, E Sua Mãe Também (Y Sua Mama También/ México/2001) mostra personagens que pod
eriam ser reais em situações reais. A Amizade permeia toda a história de Tenoch (Diego Luna) e Júlio (Gael Garcia Bernal), dois jovens mexicanos um tanto alienados que tem como principal ocupação a masturbação, maconha e mulheres; que decidem fazer uma viagem com a esposa do primo, Luisa (Maribel Verdú) a um lugar fictício (Boca Del Cielo) em busca de aventuras e sexo, entretanto o que descobrem durante o caminho são verdades e mentiras duras demais, uma amizade ainda mais forte e um sentimento de despedida. Um filme gravado de forma quase documental (com narrador) com uma áurea adolescente, que fala do ser humano, de brigas, de companheirismo e que faz com que o espectador com certeza se veja ou lembre de alguma situação parecida num passado não muito distante. As minhas letras mal digitadas aqui seriam falhas pra tentar descrever esse excelente roadie-movie mexicano com pitadas de crítica social. Um prato cheio para quem não agüenta mais as repetitivas “fórmulas” dos filmes adolescentes americanos. Aluguem, se não gostarem podem comentar me xingando, mas duvido muito que isso aconteça.
- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
- Ganhou os prêmios de Melhor Ator (Gael Garcia Bernal e Diego Luna) e Melhor Roteiro, no Festival de Veneza.
- Ganhou o Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
- Recebeu 2 indicações ao BAFTA, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original.